Transformers One: Detalhes da Entrevista com diretor Josh Cooley

O Diretor de Josh Cooley, vencedor de Oscar por Toy Story 4, teve uma semana esclarecedora, concedendo algumas entrevistas sobre Transformers One, veja os detalhes.
O diretor Josh Cooley, vencedor de Oscar, foi entrevistado pelo Screen Rant e IGN sobre seu novo filme de animação, Transformers One, que chega aos cinemas em 20 de Setembro.
Ele discutiu o processo de seleção de elenco, a exploração das origens dos icônicos Optimus Prime e Megatron.
Cooley também explicou como Transformers One se encaixa no cânone da franquia e mostra Cybertron antes que a tragédia a atingisse, e muito mais.
Confira os detalhes abaixo, utilizando as abas para escolher entre entrevistas.

O diretor de Transformers One, fala sobre a exploração das origens de Optimus Prime e Megatron.
SR: Desde o início, com desenhos animados, filmes live-action, videogames e quadrinhos, Transformers já foi contado em diversas mídias.
A prioridade de Cooley em Transformers One era garantir que o público se importasse com esses personagens, especialmente Orion Pax e D-16.
A relação entre eles está no centro do filme, especificamente a amizade que tinham antes de se tornarem Optimus Prime e Megatron.
Resposta (1) Josh Cooley
Quando comecei a trabalhar neste filme, a ideia de ser uma história de origem foi o que realmente me interessou. Eu vi todos os filmes live-action, desenhos animados, tudo – mas essa parte nunca foi mostrada na tela antes.
Eu sabia que havia muita origem para ser contada e, quando comecei, a Hasbro me deu a ‘Bíblia de Transformers’. Eu não conseguia acreditar em como era grande. Pensei: ‘Isso é muito mais do que eu jamais imaginei.
Existem diferentes versões. Houve quadrinhos e todo tipo de coisa. Obviamente, há muito material para estudar detalhadamente, mas eu ganhei a versão ‘Melhores Momentos’.
Mas, para mim, independentemente do enredo e de como cada detalhe funciona, o mais importante é que nada disso funcionaria se não fossem os personagens.
É preciso que o público se importe com esses personagens desde o início e acredite em seu relacionamento. Mesmo que você nunca tenha visto Transformers antes, mesmo que nunca tenha lido os quadrinhos – NADA – você pode assistir a este filme e ficar totalmente envolvido.
Você vê esses dois personagens e pensa: ‘Sim, eles são ótimos juntos.’ Orion e D-16 antes de se tornarem Optimus e Megatron? Eles são incríveis!
Você quer vê-los juntos, quer amá-los juntos, para que, quando o relacionamento comece a desmoronar, seja uma tragédia. No final, você pensa: ‘Puxa, é uma pena que eles vão se tornar inimigos.’ Independentemente de todas as diferentes versões da origem, o mais importante era esse relacionamento.
Eles tinham nomes diferentes antes de Optimus se tornar um Prime. Ele era Orion Pax, e teve uma criação, uma vida e um trabalho diferente. E a maneira como ele conheceu D-16 também varia, existem diferentes versões do relacionamento deles.
Mas sempre foi de forma solidária, em alguma versão, ambos se uniam em um esforço conjunto, e então as coisas aconteciam e afetavam o relacionamento. Usar seus nomes foi um retorno à forma como eles sempre são retratados.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One

Nunca Vimos Cybertron Quando Tudo Está Indo Bem
SR: Cybertron sempre foi uma peça-chave da história da franquia. Mesmo quando a história se passa na Terra, Cybertron ainda é vital para a identidade dos Transformers.
Com Transformers One, Cooley tem a oportunidade de mostrar a beleza do planeta inteiramente metálico de onde os Transformers vêm.
O filme também explorará a sociedade de origem dos Transformers, incluindo a posição de Orion Pax na hierarquia antes de se tornar Optimus Prime.
Resposta (2) Josh Cooley
Essa foi uma das coisas que me deixou realmente animado com este filme desde o início. Nunca vimos Cybertron quando as coisas estão indo bem.
Sempre a víamos morrendo, desmoronando ou prestes a explodir, e os Transformers precisavam sair para ir para a Terra.
Sabendo que todo o planeta deles é feito de metal, o que é fascinante, porque nunca vi nada parecido na tela e fiquei imaginando como seria…eu estava animado para ver o que poderia ser.
E também para ver como seria tudo funcionando perfeitamente.
Analisamos todas as diferentes versões de Cybertron, como ele foi retratado, e pensamos: “Como podemos torná-lo diferente, mas também fiel? E também legal, um lugar que você gostaria de estar?“
Porque, na verdade, Cybertron é o que está em jogo para toda a espécie deles. Eles querem ficar lá, e lutam por isso mais tarde. Você, como membro da audiência, quer amar esse lugar e querer estar lá.
Não quero dar spoilers, mas direi que existe uma hierarquia neste planeta e nossos personagens não estão no topo, que é o que as pessoas esperariam.
Optimus Prime é o número um, mas esta é uma história de origem, então ele precisa ganhar esse posto.
O mesmo vale para Megatron. Como D-16, eles estão nesta hierarquia e vamos ver o porquê. “Que tal essa resposta bem sem spoilers?“
Cooley confirmou que Transformers One é de fato canônico, mas ainda sendo “sua própria coisa“. Ele explicou como exatamente se encaixa no cânone maior da história dos Transformers.
Este filme é a sua própria coisa. Definitivamente é canônico, e estamos trabalhando dentro do universo.
Não estamos nos desviando do cânone de Transformers, esses são os mesmos personagens que as pessoas conhecem e amam. Mas estamos apenas mostrando-os de uma maneira diferente e em um período de tempo diferente.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One

Diretor de Transformers One, Josh Cooley, explica Chris Hemsworth como melhor escolha para Orion Pax/Optimus Prime
SK: Transformers One conta com um elenco de peso, com Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Brian Tyree Henry e Keegan-Michael Key emprestando suas vozes a esses personagens lendários.
Cooley explicou o que buscava na voz de Orion Pax e por que Hemsworth era a escolha perfeita.
Ele também comentou o que os outros membros do elenco trazem para D-16, Elita-1 e B-127.
Resposta (3) Josh Cooley
Cara, que elenco! Tive muita sorte. Orion Pax foi provavelmente um dos mais difíceis porque, obviamente, todo mundo conhece Optimus Prime.
Você nem precisa saber o que é Transformers, mas se ouvir aquela voz e ver o visual do Optimus Prime, as pessoas sabem que é Transformers.
Estamos fazendo uma versão mais jovem na linha do tempo de Optimus Prime. Eu sabia desde o primeiro dia que não faríamos versões adolescentes.
Isso precisa estar próximo do que conhecemos, e a voz de Chris tinha o volume e a presença que me fizeram acreditar que ele poderia ser um Optimus Prime mais jovem.
Ele usa seu sotaque americano, então estou muito animado para o público ouvi-lo, porque acho que vão se surpreender positivamente. Ele faz uma performance fantástica.
Com Brian Tyree, era importante para mim que D-16 fosse um personagem real e não um vilão. Eu queria ter certeza de que você quase se apaixonasse por ele imediatamente, e Brian consegue fazer isso.
Ele tem o humor, a habilidade de atuação, ele pode fazer drama – ele pode fazer qualquer coisa. Ouvindo os dois juntos, eu pensei: ‘Totalmente! “Adoro ouvi-los juntos. É muito divertido“.
B-127 sempre foi um personagem silencioso, então pensamos que seria divertido ir na direção oposta antes dele ser danificado ou o que quer que aconteça com sua voz.
Em Cybertron, ele simplesmente nunca para de falar. Eu já trabalhei com Keegan antes, e ele é simplesmente um mestre. É fácil dizer isso porque ele é ótimo em tudo e muito engraçado. Foi uma escolha óbvia.
Elita-1 é uma personagem forte e divertida. Eu estava trabalhando com Scarlett em outro projeto, e foi uma escolha óbvia. No segundo que precisávamos de outro Transformer, eu pensei: ‘Scarlett, por favor…‘ E ela concordou.”
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One

SR: Enquanto a história gira em torno de Orion Pax e D-16, junto com B-127 e Elita-1, o mundo de Cybertron é povoado por vários personagens reconhecíveis do cânone dos Transformers.
Cooley explicou o processo de escolha de quem incluir no filme, mantendo-se fiel aos relacionamentos centrais da história.
Ele também explicou por que Transformers resistiu a prova do tempo por mais de 40 anos.
Resposta (4) Josh Cooley
Eu conheço muito mais agora do que quando comecei. Mas existem tantos personagens diferentes ao longo disso, e tentamos incluir o máximo possível que as pessoas conhecessem automaticamente, como Optimus e Megatron, Bumblebee e até Elita.
Mas era apenas sobre quais eram os melhores personagens para apoiar o relacionamento e apoiar o relacionamento de Orion e D-16, e quais eram os melhores para realmente empurrar e puxar isso e apoiá-lo.
Eu acho que há algo quase mítico nesses personagens. Suas histórias são muito maiores do que qualquer outra coisa, sem trocadilhos.
A maneira como eu pensava em Orion e D-16 é quase bíblica, como Caim e Abel.
Eu sinto que, mesmo no desenho original, eles chegam aos elementos míticos da narrativa. Não importa que eles sejam robôs gigantes, os personagens realmente têm essas crenças pelas quais lutam, e eles são apenas heróis.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One

Estilo de Animação, Características, Referências e a Relação entre Orion Pax e D-16
IGN: Transformers tem um longo legado em animação 2D, então como vocês decidiram por esse visual específico, mais voltado para computação gráfica?
Resposta (1) Josh Cooley, ao IGN
Por causa do momento em que a história se passa, não havia razão para ter humanos. Então o aspecto live-action estava fora de cogitação. Com tudo acontecendo em Cybertron, o planeta deles que é feito inteiramente de metal vivo, o que significa que ele pode se transformar e se mover, e com nossos personagens sendo robôs, simplesmente parecia natural contar essa história em computação gráfica. Mesmo sendo animação, meu objetivo era torná-la crível. Você não olha e pensa “isso é real”, mas olha e quase esquece que está vendo um filme de animação e apenas curte os personagens. Então meu objetivo é sempre ter um nível de credibilidade.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One, ao IGN
IGN: Uma coisa que me chamou a atenção no trailer é que eles não têm placas faciais, então possuem rostos completos. Eles têm olhos, nariz e boca. Essa foi uma escolha intencional para permitir que os personagens fossem mais expressivos?

Resposta (2) Josh Cooley, ao IGN
Absolutamente. Sim. Tudo em computação gráfica é uma escolha, porque nada é real e nada é de graça. Então, antes de tudo, eles precisam merecer suas placas faciais. Eles não as ganham de cara. Basicamente, eles precisam conquistar o direito a elas. Sim, para que esses personagens pudessem transmitir emoções com clareza, eu queria poder ver seus olhos, ver seus rostos. É por isso que voltamos ao estilo de design do G1 para esses personagens, o desenho animado original, que tinha rostos bem expressivos, e queríamos fazer uma versão atualizada disso.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One
IGN: Ao falar de Transformers One, muita gente se lembra de Transformers: O Filme, já que foi o último filme animado de Transformers. Transformers One se inspira nesse filme ou em algum outro material específico de Transformers?
Resposta (3) Josh Cooley, ao IGN
Bom, não especificamente naquele filme ou em qualquer outro filme, exceto pelo fato de serem os mesmos personagens. Quando entrei para o projeto, li o roteiro e pensei: “nossa, essa é uma história de origem no planeta”, o que é muito legal. Nunca vi isso antes. Então a Hasbro me deu a “bíblia” dos Transformers, foi como “aqui está toda a linha do tempo”. Eu não percebi que tudo o que vimos nos filmes é apenas uma pequena parte dessa história gigantesca.
Contar o início da história que nunca vimos no cinema antes foi realmente empolgante para mim. Então não havia nada que pudéssemos pegar emprestado dos outros filmes, exceto pelo fato de serem os mesmos personagens. Estamos apenas voltando na linha do tempo e vendo quem eles eram antes de se tornarem o que conhecemos?
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One, ao IGN
IGN: Estou muito curioso sobre essa bíblia. O quanto ainda não vimos sobre a história dos Transformers?
Resposta (4) Josh Cooley, ao IGN
“É enorme. Eu não acreditei. É como Senhor dos Anéis, estilo Tolkien. É gigantesco.“
IGN: Voltando ao trailer, fiquei quase um pouco surpreso com o quão leve ele parecia. Esse filme é mais direcionado a um público mais jovem?
Resposta (5) Josh Cooley, ao IGN
Eu diria que tentamos fazer um filme para todos. Por ser uma história de origem, pensei: “quero fazer um filme não apenas para os fãs, mas para todos”. Você não precisa saber nada sobre Transformers para começar a assistir a esse filme e se divertir.
Dito isso, no trailer, mostramos muita comédia porque estávamos nos divertindo muito com esses personagens e com esses atores que isso naturalmente entrou no filme. Optimus e Megatron se tornam inimigos, então eu queria ter certeza de que o público se apaixonasse por eles como irmãos, como amigos desde o início. No final deste filme, há sérios riscos e a mesma quantidade de ação e aventura que você espera de um filme Transformers. Tem aquele tom divertido e leve, mas também se torna muito real.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One, ao IGN

IGN: Bom, era exatamente sobre isso que eu queria perguntar, porque de certa forma a relação deles é um pouco parecida com Magneto e Charles Xavier. Então, quando os encontramos aqui, como é a dinâmica deles? Eles são como irmãos que batem cabeça?
Resposta (6) Josh Cooley, ao IGN
Acho que os tratamos como irmãos. Eles são da mesma geração e têm uma relação muito estreita, como melhores amigos. Algo acontece em seu planeta que faz com que ambos tenham duas reações diferentes. Era importante para mim ter certeza de que Megatron – D-16 – não parecesse o vilão só porque ele é o vilão. Eu queria fazer isso fingindo que você nunca viu Transformers antes. Se você assistisse a este filme, não saberia que ele se tornaria.
Diz Josh Cooley, diretor de Transformers One, ao IGN
Esses foram os detalhes da entrevista exclusiva para o Screen Rant, que nos ajuda a entender melhor todo o background na produção desse filme, pela visão do diretor.
O que você achou da entrevista? Comente abaixo, e dê uma conferida na PARTE 2(entrevista para o IGN).